Reserva Indígena de Dourados tem dois conselhos comunitários de segurança

Categoria: Agenda | Publicado: quinta-feira, agosto 22, 2019 as 10:16 | Voltar

Campo Grande (MS) - Nesta última sexta-feira (16), o Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, como representante do Governo do Estado, deu posse aos Conselhos Comunitários de Segurança (CCS) das aldeias Jaguapiru e Bororo da Reserva Indígena do Município de dourados, instituídos pelas resoluções da SEJUSP/MS Nºs 873 e 874, publicadas no Diário Oficial de 17 de julho de 2019.

A solenidade ocorreu na Vila Olímpica da Reserva Indígena de Dourados, com as autoridades do poder executivo, legislativo e judiciário e as comunidades indígenas, unindo forças para juntos traçarem estratégicas de prevenção e combate da violência.  A ocasião foi também de grande interação, havendo tradução das falas na língua dos povos Guarani e Terena, além de três apresentações culturais das etnias Guarani, Kaiowá e Terena.

A formação destes CCS´s é fruto de um trabalho de mobilização realizado nas aldeias, por meio de reuniões junto à comunidade, envolvendo famílias (pais, crianças e adolescentes) e palestras realizadas por policiais nas escolas,  buscando um trabalho de conscientização, que implica a valorização da pessoa humana e sua importância enquanto ser social, no sentido de aprender a arte da convivência em grupo, respeitando o direito dos outros.

O presidente do CCS Bororó, Gaudêncio Benites, destacou a importância da criação do conselho na busca da redução da criminalidade, “ muitas vidas foram perdidas, muito sangue derramado, não queremos mais isso”. Já o presidente do CCS Jaguapiru Izael Morales esclareceu que “ a criação do conselho juntamente com o Estado é algo inédito no Brasil e espero que traga bons resultados e que vem para somar, para ajudar e esperamos que seja feito dessa maneira”.

O Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, afirmou que espera ouvir mais as exigências das comunidades. “Vamos empoderar as lideranças de forma que consigamos enfrentar o tráfico de drogas e os crimes derivados dele. Se eu tenho índices de criminalidade considerados bons em alguns bairros da cidade, nas aldeias indígenas não pode ser diferente”, falou Videira, que ainda fez questão de agradecer o apoio da Coordenadoria de Polícia Comunitária que não mediu esforços para organizar os conselhos. Desse modo, o Estado tem-se tornado cada vez mais presente no cotidiano indígena, visando à redução da criminalidade.

Publicado por: Marlei Teixeira

Utilizamos cookies para permitir uma melhor experiência em nosso website e para nos ajudar a compreender quais informações são mais úteis e relevantes para você. Por isso é importante que você concorde com a política de uso de cookies deste site.